data-filename="retriever" style="width: 100%;">Ao celebrar o dia 17 de maio deste 2021, ao tentar conhecer mais e entender melhor a cidade em que nasci e onde estou construindo a minha história, surgem vários caminhos à minha frente. Devo começar por onde? A partir de que ano? Levar em conta que personagens e fatos históricos? Ater-me ao passado, ao presente, ao futuro?
Começo me perguntando se sou pessimista, otimista, realista, crente ou descrente, afinal, como me vejo e sou diante da minha cidade, ao buscar descobrir os seus sonhos, as suas circunstâncias, o seu povo, a sua identidade, a sua história, a sua geografia, os seus gestores. Tenho tido, como cidadão santa-mariense, várias oportunidades de conhecer mais e melhor a cidade. Leio e ouço, com frequência, entrevistas e depoimentos de dirigentes de instituições públicas e de entidades privadas, falando de Santa Maria. Que há de novo? O que está sendo dito que já não foi dito e repetido em tevês, rádios, jornais e revistas?
Santa Maria (creio já ser consenso na comunidade) não carece de diagnóstico, nem de discursos (já os tem em demasia), mas de algo aparentemente simples: precisa cultivar mais a consciência do coletivo; dar cada vez menos valor ao discurso nascido em palanque eleitoral e mantido, muitas vezes, ao longo das gestões administrativas; agir, respeitando valores e boas idéias.
Santa Maria tem potencial para muitas coisas, ninguém duvida disso. Quem não conhece herdeiros que receberam fortunas, não souberam desenvolvê-las e morreram pobres? Quem não conhece também herdeiros que pouco receberam, mas transformaram o pouco no muito, agora chamados de ricos e gente de sucesso? As cidades também se comportam assim. Santa Maria, como é? Cultiva a mesmice como paradigma ou está comprometida com o novo, com o enfrentamento de crises, com o empreendedorismo? Ou a inveja, o ciúme, a política pequena impregnam e dominam também as grandes decisões?
O mundo-mundo, o mundo-Brasil, o mundo-Rio Grande do Sul, o mundo-Santa Maria nos surpreendem quase diariamente. Hoje há mais perguntas do que respostas, mais problemas do que soluções, todos sabemos. Então, qual a saída? Quem sabe, ouvir mais do que falar? Agir mais do que discursar? Curtir mais o consenso do que o sabor da discordância? Por certo, Santa Maria pode contar com instituições, entidades, grupos e pessoas capazes de levá-la para novos e necessários caminhos. Saber como e para onde vamos é o que importa!
Texto: Máximo Trevisan
Advogado e escritor
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